Em 59 a.C, o poder em
Roma foi dividido entre três figuras: Júlio César, Pompeu Magnus e Marco
Licinius Crasso. Enquanto os dois primeiros eram notáveis generais, que
ampliaram os domínios romanos, Crasso era mais conhecido pela sua riqueza do
que por seu talento militar: César conquistou a Gália (França), Pompeu dominou
a Hispânia (Península Ibérica) e Jerusalém, por exemplo. Crasso tinha, assim,
uma idéia fixa: conquistar os Partos, um povo persa cujo império ocupava, na
época, boa parte do Oriente Médio - Irã, Iraque, Armênia e outros.
À frente de sete legiões, ou 50 mil soldados,
confiou demais na superioridade numérica de suas tropas. Abandonou as táticas
militares romanas e tentou atacar simplesmente - na ânsia de chegar logo ao
inimigo, cortou caminho por um vale estreito, de pouca visibilidade. As saídas
do vale, então, foram ocupadas pelos partos e o exército romano foi dizimado -
quase todos os 50 mil morreram, incluindo Crasso.